POESIA CIUMENTA
Não te vou escrever poesia ciumenta
Jamais irei escolher palavras e ti rimar
Para dizer ao meu amor que quero amar
Irei recorrer a prosa e escrever uma carta!
Ninguém me verá jamais como ave rara
E com desdém me rotular de poeta
Usarei sim a minha mui velha caneta
Mas direi a verdade crua e nua e pura!
Nunca mais fingirei saudades sentir
Na ausência que tanto me atormenta
E a dor que minha alma tanto lamenta
Chorar é a sina de quem não pode sorrir
Quando a carta escrever em prosa
Entregarei a um velho pombo-correio
Um dia ele te entregará, eu creio
Te peço, espera e aguarda… Ociosa!
Não sei se sentirás nele o perfume
Da dor e da saudade da separação
Que faz sentir sangrar o coração
E do nada e de todos sentir ciúme!
João Furtado
Alemanha, 18 de Março de 2014
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde
Delegado da U.L.L.A. em Cabo Verde