sexta-feira, 28 de março de 2014

CABO VERDE FEMININO no livro A TERRA E A GUERRA PELA PAZ Vol-II





Se pudesse escrever
Um poema de amor
E no poema de amor
Cantar o meu amor por ti….
Mulher de Cabo Verde

Inda que com dor
Ou com tristeza
Ou simplesmente sem alegria
Cantaria o meu amor por ti,
Mulher de Cabo Verde

Se pudesse escrever
Com alegria e morabeza
Com morna e coladeira
Com batuque e funana
Cantaria o meu amor por ti
Mulher de Cabo Verde


Com cola e contra-dança
Tu mulher de cabo verde
Com tabanka e festivais
Escreveria o meu poema por ti
Mulher de Cabo Verde


E no meu poema,
No meu poema, no poema
Que não sei escrever,
Que nunca poderei escrever….
Se pudesse cantar, cantar a tua beleza
Tu mulher crioula, tu mulher Cabo-verdiana
Ai se eu fosse poeta….
Escreveria o meu poema por ti
Mulher de Cabo Verde


Tu mulher de são Antão
Tu crioula bonita e exótica
Tu mulher de montes e vales
Te cantaria no meu poema
Se soubesse escrever
Ai se eu fosse poeta…
Escreveria o meu poema por ti!
Mulher de Cabo Verde

Se eu fosse poeta
E escrever soubesse e pudesse
Te cantava e escrevia…
Escrevia um poema onde
Tu mulher citadina
Tu mulher que passas as noites
As belas noites de luar
A volta da praça, num vira e vira
Tu mulher de Mindelo
Tu São - Vicentina cosmopolita
Tu mulher da cidade de Mindelo
Como te cantaria, se soubesse ser poeta!

Mulher de Cabo Verde

Se eu pudesse escrever
E fazer um poema
Te escrevia no meu poema
Tu mulher de Boavista
Tu que entre dunas e areias
Imaginas e sonhas o amor
Do marinheiro encalhado
Que jamais voltou
Tu bela e mui desejada crioula!
Escreveria o meu poema por ti!
Mulher de Cabo Verde


E tu Mulher do aeroporto
Salgada morena crioula
Doce contraste do sabor
Ai se eu fosse poeta
Te veria antes que quaisquer turistas
E te pintava na minha tela
Em palavras que não sei escrever
Tu do Sal a minha crioula
Ai se eu fosse poeta…..
Escreveria o meu poema por ti!
Mulher de Cabo Verde
Crioula e morena
Filhas do grande Chiquinho,
Poeta de nome e fama
Como dizer porque não vos escrevo
No poema que não faço
Se tu mui vezes fostes
Sem duvidas inspiração
Nas noites e nos dias inspiradores
Dos muitos poetas que a ilha já teve
Tu mulher de são Nicolau
Como não cantaria o teu amor
Se eu fosse poeta?
 Ai se eu fosse poeta e soubesse escrever….
Escreveria o meu poema por ti!
Mulher de Cabo Verde

Se soubesse escrever,
Ai se soubesse escrever
Maio, minha querida ilha esquecida
Tua mulher cantava sem dúvidas
E fazia dela o meu amor
Morabeza e formosura
Pequena ilha, mulheres bonitas
Ai se eu fosse poeta….
Escreveria o meu poema por ti!
Mulher de Cabo Verde



Tu Santiago, tua mulher Badia
Formosa esquia e trabalhadora
Batucadeira e mãe, lavadeira
E peixeira, mulher de vida dura
No campo a enxada
Na Praia o balaio e a rabidança
Se pudesse cantar e escrever
Um hino te faria
Tu Badia do meu coração
Tu meu amor de sempre,
Tu minha mulher badia querida
Como te cantaria se eu fosse poeta
Ai se eu fosse poeta……….
Escreveria o meu poema por ti!
Mulher de Cabo Verde

E tu mulher de Fogo
E tu mulher de Brava
Escaldantes mulheres bonitas
Dum lado o Vulcão e do outro o Cismo
Loucuras não vos faltam
Mulheres crioulas e doces e quentes
Mas como escrever
Se não sei e nem sou poeta!
Se eu fosse poeta
Ai se eu fosse poeta…
Escreveria, podes crer que escrevia
Ai se eu fosse poeta………
Escreveria o meu poema por ti!
Mulher de Cabo Verde

Tu mulher que não existes
Que nunca exististe
Tu mulher de Santa Luzia
Tu que és a minha imaginação
Formosa negra e morena
Sereia dos cantos e das lendas
Nas noites de luar
Coroada em ouro
E banhada no azul celeste
Tu mulher que não existe
Tu mulher da ilha despovoada
Santa Luzia, mulher da minha imaginação
Ai se eu fosse poeta, te escreveria e cantaria
Tu da desértica ilha despovoada!
Ai se eu fosse poeta…………
Escreveria o meu poema por ti!
Mulher de Cabo Verde

Se pudesse escrever
Um poema de amor
E no poema de amor
Cantar o meu amor por ti….
Mulher de Cabo Verde



João Furtado
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde
Delegado da U.L.L.A. em Cabo Verde


CABO VERDE FEMININO no livro A TERRA E A GUERRA PELA PAZ Vol-II

quarta-feira, 26 de março de 2014

POESIA CIUMENTA

Não te vou escrever poesia ciumenta
Jamais irei escolher palavras e ti rimar
Para dizer ao meu amor que quero amar
Irei recorrer a prosa e escrever uma carta!

Ninguém me verá jamais como ave rara
E com desdém me rotular de poeta
Usarei sim a minha mui velha caneta
Mas direi a verdade crua e nua e pura!

Nunca mais fingirei saudades sentir
Na ausência que tanto me atormenta
E a dor que minha alma tanto lamenta
Chorar é a sina de quem não pode sorrir

Quando a carta escrever em prosa
Entregarei a um velho pombo-correio
Um dia ele te entregará, eu creio
Te peço, espera e aguarda… Ociosa!

Não sei se sentirás nele o perfume
Da dor e da saudade da separação
Que faz sentir sangrar o coração
E do nada e de todos sentir ciúme!


João Furtado
Alemanha, 18 de Março de 2014
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde
Delegado da U.L.L.A. em Cabo Verde

sábado, 8 de março de 2014

OBRIGADO MUDJER



Mudjer mai mudjer irma
Un kantu di nha pensamento
Dentu bó nha ser forma
Djunto bó n´ten contentamento

Mudjer mudjer mil dia bu tem direto
Kel un li ka ta dá pan dau obrigado
Di tudo kel ki ku bu afeto
Fazen xinti karinhado

Mudjer mai ê bó ki ta sofri primero
Ki ta xinti dor di sofrimento
Di bu fidjo na ora di desispero
Mudjer di mil alento…

João Furtado
Na Praia, 8 di marso di 2014, dia internasional di mudjer.
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde
Delegado da U.L.L.A. em Cabo Verde