terça-feira, 3 de março de 2015

ALGO ESTRANHO NO ÚNICO PIOLHO



Os "mandigas" muito óleo pediram
Latas velhas trapos pra chocalho
Tambor e apito e correntes tinham
Até na rua um carro muito velho

Um bandido estava de olho
Por segurança proibido foram
Os "mandigas" muito óleo pediram
Latas velhas trapos pra chocalho

Policias sempre atentos notaram
Algo estranho no único piolho
Coxo dançava e mãos mal curvavam
No pé trocado ia torto o chocalho
Os "mandigas" muito óleo pediram

João Furtado
http://joaopcfurtado.blogspot.com
Praia, 10 de Fevereiro de 2015

É A MINHA BANDEIRA A MINHA NACIONALIDADE



Sou cigano ponto de interrogação
Talvez seja ou talvez não seja
Mas sua bandeira minha alma deseja
E se escolhesse seria o céu e a imaginação

O infinito com suas estrelas e seus planetas
Não colocaria apenas a carroça e o acampamento
Nem limitaria o meu presente no passado lamento
Terminaria as fronteiras na terra e entre os planetas

A minha bandeira é a de todo o universo
E de todas as cores do branco ao negro
E do arco-íris ao tradicional preto e branco
Todos com o mínimo e ninguém com pouco
E alguns com muito e fruto de escuso lucro
A minha bandeira tem um poema no seu verso

Um poema da PAZ e de amor e da perfeita AMIZADE

É A MINHA BANDEIRA A MINHA NACIONALIDADE!


João Pereira Correia Furtado
http://joaopcfurtado.blogspot.com
Praia, 26 de Fevereiro de 2015

CONTO MINIMALISTA - NASCEU O PADRE MANUEL



NASCEU O PADRE MANUEL
A mãe rezava e o Manuel achava inútil. O câncer lhe consumia e a morte aproximava. Acreditando ela acendeu uma vela que lhe queimava as mãos enquanto se consumia… Era a fé… A dor do Manuel diminuía “é morfina”… Não era, era a fé da mãe. Próximo teste daria negativo. Nasceu o padre Manuel da mão deformada.

João Furtado
http://joaopcfurtado.blogspot.com
Praia, 10 de Fevereiro de 2015