terça-feira, 29 de junho de 2010

AS BALEIAS MORREM EM CABO VERDE

Porque estas tu tão triste Pardalito
Que nem me brindas com tua linda canção
Sinto que dói o teu sentido coração
Para estares tão calado, tão esquisito…

E eu, meu amigo irracionalmente dito
Sinto-te num silêncio tão sofrido…
Diga-me, meu amigo o que tens tido
Que em mil acontecimentos eu medito

Dizes que as baleias sufocadas
À terra estão a dar aos cinquentas
E que as mortas tristes não aguentas
Será que no mar as águas estão contaminadas?

Queres contar muito mais amigo
Mas não quero ouvir mais nada
Já tenho a vida toda desgraçada
Apenas por falar, meu amigo, contigo!

Não é fácil, te digo eu, Pardal mensageiro
Ser eu teu único e sempre confidente
E ouvir os sofrimentos tidos por ti mormente
Ainda que volúvel como és, todos passageiros!

Meu pardal, ao chorares a morte das baleias
Que em Cabo Verde tristemente se suicidaram
Mais uma vez, meu amigo Pardal, me provaram
Que o homem é único que resume-se as suas ideias!


João Furtado
Praia, 18 de Junho de 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

UNESCO MANIFESTO DOIS MIL




Uma iniciativa tão boa
Num esforço sem tréguas
Este de PAZ, não só falar mais alcançar
Sem duvidas que é tão nobre
Como indispensável para este conturbado mundo
Onde houver um homem deve ser proclamada!

Marchemos unidos para a PAZ
Atrevamos pensar como Gandhi
No esforço de uma luta sem armas e sem tréguas
Inda que para tal, a morte inglória alcancemos
Faremos o que certo está, e, o mundo agradecerá
Este nobre gesto à favor da PAZ tão desejada
Sinal este que da UNESCO vem este ano
Tarde, nunca jamais será se abraçados
Os homens todos neste sentido remarem!

Do futuro os nossos filhos e netos
Orgulhosos do passado nos agradecerão
Ilustrando com o nosso exemplo
Sua Historia e seu destino futuro!

Mil razões temos, nós os homens de
Instruirmo-nos na senda da PAZ, para
Liberdade, amor e harmonia alcançarmos!

sábado, 19 de junho de 2010

JOSE SARAMAGO

José que hoje lamentavelmente partiste

O vácuo enorme que deixaste na lusofonia

Será que um dia este vazio insípido e triste

E esta sensação por ti deixada passará?



Seres prodígios e incompreensivelmente humildes

A verdade seja dita, são únicos no Mundo

Rapidamente viveste 85 anos e obras muitas feitas

Amas-te tanto a Arte em Português que

Me sinto envergonhado de te falar, mesmo hoje com

As lagrimas contidas nos olhos sofridos…

Gostaria de dar aos familiares, aos povos… ao mundo enlutado

Os meus sentidos pêsames, eu o anônimo que sente tua falta!



João Furtado

18 de Junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

MEU PARDAL QUEDA MUDO E TRISTE

MEU PARDAL QUEDA MUDO E TRISTE

Meu Pardal queda mudo e triste
Está totalmente de negro pintado
Não sei porque esta tão calado
Só sei que me faz ficar tão triste…

Dos teus ensurdecedores chilrear
Pardal meu amigo tenho saudades
E das noticias tuas necessidades
E este teu ar que tens e faz marear…

Dizes que vieste do Golfo de México
E que lá os homens estão a matar
A natureza toda por simples azar
De lançamento no mar de óleo tóxico…

E que tu meu Pardal amigo e querido
Mergulhaste na maré negra resultado
E que sou eu, o teu amigo o culpado
Do enorme e terrível mal sofrido…

Que o homem devia ter menos ganância
E explorar com a natureza com respeito
E saber escolher e não ver o mundo desfeito
Pondo em risco a vida e a nossa permanência.

Escolher energias boas e chamadas alternativas
Que a natureza prodigamente tem oferecido
Embora por homem, dizes tu, jamais merecido...
Sabias palavras, Pardal… enfim como me cativas….

E tens razão, meu amigo e tens culpa, meu amigo
Porque estar no lugar errado e na hora errada
Não sabes que o homem na sua ideia tarada
Acha-se dono e senhor único deste único abrigo?

E eu vou te perder, Pardal amigo e mensageiro
Sei, que terei outro Pardal, talvez não tão amigo
Talvez tão barulhento, talvez anunciador de perigo
É verdade, é o círculo, tudo muda, meu Pardal ligeiro!

Será que um dia, cansado de tanta asneira
O homem aprenda enfim que deve mudar
E como tu meu Pardal, resolva consertar
Tudo que tem destruído por insana loucura?

JOÃO FURTADO
Praia, 17 de Junho de 2010

domingo, 13 de junho de 2010

AS MÃOS, VERDADEIRAS ARMAS!

Há anos quando era pequeno

Pouco mais de 4 anos tinha eu então

Admirava as casas enormes feitas

E as ruas e outras obras perfeitas

A minha mãe pegou-me nas mãos

E disse que tudo que eu via e admirava

As minhas mãos podiam fazer

As boas e as más obras

A paz e a guerra

O trigo plantar ou a bomba lançar

O carinho fazer ou a pedra atirar

As minhas mãos eram as armas

As armas do bem tão desejado

Ou do mal tão recusado

E tudo dependia de mim

Do uso que eu fizesse

Das lindas mãos que eu tinha!

E hoje sei que é verdade mãe…

E não posso pegar nas tuas mãos

E te dizer que tinhas razão

Tu descansas em paz no paraíso

E eu… bem eu com as minhas mãos

Aquelas mãos que tu pegaste há anos

Escrevo este poema sobre as mãos

As verdadeiras armas do bem e do mal!





13 de Junho de 2010 as 00:23