João P.C. Furtado
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O VERDADEIRO SILÊNCIO
Gritar, espernear aos quatro cantos do mundo
Sem ser ouvido é o verdadeiro silêncio
Estender as mãos e esperar por um níquel
Dos que passam distraídos o suficiente
Para nem reparar no silencioso grito
Entrar nos supermercados a cair de fome
E de fome cair estatelado no chão
Gritando por um pão e por uma agua fresca
E sentir impotente e sem ser ouvido
No silêncio dos olhos húmidos
Este é o verdadeiro silêncio
Vender o corpo na tenra idade
Em busca do mínimo para viver
Falando com o corpo no silêncio
Mudo do mundo egoísta
Este é o silêncio que ensurdecedor
Brada na nossa consciência
O silêncio é….ver o mundo
Cada vez com mais viúvas
Mutilados e órfãos e esfomeados
Da guerra e continuar
Sereno e impávido
Cego e surdo e mudo
A fabricar bombas, minas e armas mil
E fazer guerra com o dinheiro da PAZ
Isto é que é o silêncio
O silêncio é ignorar
O lixo atómico atirado aos mares
De todos nós e dos nossos descendentes
É assistir o desbravamento das matas verdes
E calado ficar sem ouvir o silêncio triste
Da terra, nossa querida terra moribunda chorar!
João Furtado
18 de Fevereiro de 2010
Mensagens mais recentes
Mensagens antigas
Página inicial
Subscrever:
Mensagens (Atom)