Da corona um remédio
Em casa bem confinado
Que tal do Velho Eduardo
Há muito a rua é seu prédio
Onde passa eterno tédio
Tem de lençol o céu enorme
E come resto disforme
Tapado de sujidade
Não esconde imensa idade
A esperança está conforme
Rita e Chico viciados
Nomes novos adotaram
Para sem tetos passaram
Rita e Chico os drogados
Pela vida abandonados
Muita vergonha nas caras
Onde deviam ter as máscaras
Com lágrimas sem sabão
Lava mal a esquerda mão
Na direita leva amarras
João Furtado
17 de Junho de 2020
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