Nasceu e não pediu para nascer
Tem direito a poder viver
E com saúde e amor crescer
Aos pais pediu apenas brinquedos e comida
E direito de ser bem-educada e acarinhada
Em circunstância alguma, jamais abandonada
A Guerra é tua e não dela certamente
Tu homem de perversa e doentia mente
Mas é ela quem sofre, infelizmente
Hoje é dela o grande e especial dia
Devia estar a rir de muita alegria
Mas triste estás e com melancolia
És da guerra a maior refugiada
És da fome a maior sofrida
És nas calamidades a menos protegida
Nos lares destruídos és a sofredora
És raptada, violada e sem honra
Teu direito, tua protecção o mundo ignora
És simplesmente uma criança
E devias estar cheia de esperança
Mas já tens do adulto a doença
João Furtado
New Bedford, 31 de Maio de 2013
http://joaopcfurtado.blogspot.
