MAR QUE É DA HUMANIDADE MAR

Mar que me recolhe

Mar que me espalha

Mar que me encolhe

Mar que ao mundo liga a minha Ilha

Mar que liga as ilhas

Mar que as transforma em Arquipélago

Mar que é das mil maravilhas

Mar que molha os meus pés com afago

Mar que me dá minha comida

Mar que me deixa com saudade

Mar que me separa da minha querida

Mar que é a minha liberdade

Mar que é a minha fronteira

Mar que é a minha evasão

Mar que é a imaginação verdadeira

Mar que me faz sentir na prisão

Mar que é a esperança

Mar que é a desilusão

Mar que é a crença

Mar que é a ilusão

Mar que é a porta

Mar que é o cemitério

Mar que é a afronta

Mar que é o refúgio

Mar que é o nosso passado

Mar que esta lentamente a morrer

Mar que é futuro muito desejado

Mar que necessita renascer

Mar que é da humanidade

Mar que se deve com tudo amar

Mar que é das crianças a propriedade

Mar que é do futuro o MAR

João Furtado

Praia, 30 de Outubro de 2013
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde

Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
 

ESCRAVOS DA NOSSA IDENTIDADE

Trabalho sem dignidade é escravatura

E quem de idade devia estar na escola

Para com qualidade aprender a assinatura

Mas por fatalidade anda com a vazia sacola

Por humana desigualdade é um escravo

Pois uma vida de necessidade viverá

E não por vontade própria nem um centavo

De herança e propriedade deixará

São ecos da identidade no dia a dia vividos

Meninos e mulheres na fatalidade sem pão

Donos da guerra na brutalidade de bombas munidos

Sem misericórdia, sem caridade e sem coração

Por crueldade e vão egoísmo a bomba química
É usada e a mortandade é sem dúvida arrepiante

A decisão por comodidade é mais uma vez cínica

Por felicidade escapa-se de uma guerra gigante

Aqui e ali por insanidade a guerra cria muitos deslocados
e pela quantidade tão enorme não se sabe onde refugiar

Milhares pagam pela impiedade para morreram afogados

É a piedade sem fronteira dos nossos dias a justiçar

Se a liberdade ainda me permitir a escrever

Falo da pouca idade da Liz violada e morta

Por seis cheios de maldade e que mereciam morrer

Mais por impunidade da policia saíram pela livre porta!

João Furtado

Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde

QUE POR CÁ VOU CHORAR DA RECEBIDA NOTÍCIA

QUE POR CÁ VOU CHORAR DA RECEBIDA NOTÍCIA

Algumas vezes faltam-me palavras
No momento julgado mais certo
É quando insípidas ficam as letras
E no meu coração sinto um aperto

Resta-me ouvir o pardal lá fora
Tagarela cantar sua poesia
E eu cá, triste, muito embora
Seja um dia da Musa e da fantasia

Dizem que é aniversariante a poesia
Aos homens as letras e as palavras
Deviam soltar alegres e sem nostalgia
Eis-me aqui sem artes e sem honras

Ainda tentei pegar na caneta
E escrever o que o pardal me diz
Mas sem inspiração e com tanta falta
De letras e palavras... Estou muito infeliz

Tu que honras o nome de poeta
Filho digno da Arte e da Poesia
Desejo-te a inspiração perfeita
E que a escrita da PAZ esteja cheia

Que por cá vou chorar da recebida notícia
Dos flagelados africanos na Lampedusa
Que o sonho da prometida Europa da alegria
Só lhes têm trazido morte indesejada e intrusa

Praia, 20 de Outubro de 2013
João Furtado
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde

QUE POR CÁ VOU CHORAR DA RECEBIDA NOTÍCIA

QUE POR CÁ VOU CHORAR DA RECEBIDA NOTÍCIA

Algumas vezes faltam-me palavras

No momento julgado mais certo

É quando insípidas ficam as letras

E no meu coração sinto um aperto

Resta-me ouvir o pardal lá fora

Tagarela cantar sua poesia

E eu cá, triste, muito embora

Seja um dia da Musa e da fantasia

Dizem que é aniversariante a poesia

Aos homens as letras e as palavras

Deviam soltar alegres e sem nostalgia

Eis-me aqui sem artes e sem honras

Ainda tentei pegar na caneta

E escrever o que o pardal me diz

Mas sem inspiração e com tanta falta

De letras e palavras... Estou muito infeliz

Tu que honras o nome de poeta

Filho digno da Arte e da Poesia

Desejo-te a inspiração perfeita

E que a escrita da PAZ esteja cheia

Que por cá vou chorar da recebida notícia

Dos flagelados africanos na Lampedusa

Que o sonho da prometida Europa da alegria

Só lhes têm trazido morte indesejada e intrusa

Praia, 20 de Outubro de 2013
João Furtado
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde

DE MIM TRISTE… SÓ CHORAR POSSO

Teu corpo deitado rígido e frio
Serena mulher com certa idade
Descansas eterna… É a realidade
E eu… Sinto no corpo um calafrio

Ontem pedias água e remédio

Hoje quedas muda e serena
Partiste, é cumprida a tua pena
E Eu triste… Vivo o teu velório

Pela tua alma um Pai Nosso
Uma lágrima pela tua ausência
De ti, Titi fica a imensa saudade

É enfim alcançada a tua liberdade
Teu Espírito no céu tem a permanência
De mim triste… Só chorar posso

João Furtado
Praia, 11 de Outubro de 2013
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde

N GOSTA - EU GOSTO

N GOSTA - EU GOSTO

Ngosta di tudo di kampo
Kel txeru tera ta ressinti
Kel txeru padja berdi
Kel natureza ta reclama bida
Kel florescer kel pardal ta kanta
Kel pelada ta karkareja
Kel certeza ma manhan
Ten kuskus ku mel
Ka ten komo ka gosta!

Gosto de tudo do campo
Gosto do forte cheiro à terra
Do cheiro da verde mata
Da Natureza a reclamar pela vida
Aquele florescer das plantas
O pardal a chilrar alegre
A galinha-do-mato a cacarejar
Aquela certeza que o amanha
Terá cuscuz com mel
Não há como não gostar!

João Furtado
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde