quinta-feira, 13 de novembro de 2014

REGINA DA GODA



REGINA DA GODA

Regina que dizer senão obrigado
Estava cá a pensar nos amigos
Girou-me com o girassol um nome
Imaginei que podia dar num conto
Não esperei para mais, um toque aqui e ali
Acróstei (existe esta palavra?) a ROSALINA!

Da próxima será você amiga REGINA DA CONCEIÇÃO
A promessa fica feita e pode cobrar...

Gentes do PEAPAZ merecem ser cantadas REGINA DA MADEIRA
O problema as vezes que impõe
Deve à inspiração que desaparece
As vezes, quando mais precisamos!

João Furtado
Praia, 13 de Novembro de 2014
http://joaopcfurtado.blogspot.com

A DOENÇA DA ALMA

Esta bem Cremilde Vieira da Cruz vou colocar cá, mas cuidado, faz parte de um livro que ainda não foi revisto... E escrito de noite, na solidão de um quarto de hotel:

                                     A DOENÇA DA ALMA
A Biazinha estava com 12 anos e nunca via no espelho. Era triste e estava sempre a chorar. Tudo porque tinha uma enorme mancha na face. A infeliz sentia-se a mais feia do mundo. Não tinha amigos nem amigas, pois ninguém conseguia conviver com ela.
Certo dia, sem que ela pudesse esperar, apareceu uma menina. Chamava-se Maria e se fez amiga dela. A Maria era alegre e sempre bem disposta. Suportava todo o mau humor da Biazinha e estava sempre disposta a perdoar-lhe. A Biazinha, depois de algum tempo, começou a gostar da Maria. A admirar as qualidades dela, sempre alegre e sempre com boa disposição. E pouco tempo depois uma e outra tornaram inseparáveis.
Num belo dia de sol, a Maria chamou a Biazinha e lhe disse:
-Biazinha, vem vamos passear, vamos contemplar a natureza!
-Não me apetece sair! – Respondeu-lhe a Biazinha.
-Vem menina, vem contemplar a natureza e juntas, eu e tu. Enquanto vivemos, devemos contemplar o que é de bom e dar graças a Deus!
-Não… Não sou como tu, és linda e perfeita! Tu sim, podes agradecer as coisas boas que Deus te deu. À mim, só me deu tristeza e está grande marca no rosto.
-Tudo bem, não queres sair, mas podes me ouvir. Senta-te, vamos falar, mas antes vais ver uma coisa...
A Maria tirou a roupa, nua, mostrou-se para a Biazinha. Tinha uma enorme marca. Não era mancha, era um corte enorme na parte torácica….
-Estás a ver? Veja bem! Sou doente, falta-me pouco tempo de vida. Há qualquer momento pode me dar uma crise e eu partir desta para melhor.
-Porque és feliz ? Porque estás sempre alegre e sempre bem disposta?
-Agradeceu a Deus porque me deu a vida e me faz, enquanto vivo, ver a Sua maravilhosa obra. Eu sofre diariamente, mas há quem sofre mais… Tu, por exemplo…
-Eu? Eu não sofro de nenhuma dor…
-Sofres sim, Biazinha, tu não sabes, mas sofres, tens a dor na alma, que eu não tenho. Sei que o meu coração pode parar à qualquer momento, mas a minha alma é saudável. Ela é alegre e tem a esperança de se encontrar com Deus.
-Nunca mais vou reclamar. A partir de hoje, vou agradecer a Deus por me dar uma amiga como tu. Sim vamos sair e contemplar a natureza.
Sair e foram passear. Brincaram e falaram, mas de repente… A Maria deu um grito. A Biazinha viu-a cair. Chorou e gritou pela ajuda. A mãe da Maria apareceu. Pegou a Maria e colocou na ambulância, que entretanto ao pedido de alguém havia chegado. A Biazinha também entrou na ambulância, não queria separar-se da amiga…
Ela pegou a Maria na mão, esta lhe apertou também e a sorrir disse:
-Vou partir, e vou alegre, por te ter curado amiga!

FIM
Feito no dia 17 de Março de 2014, no hotel Hilton, quarto 752.

ROSALINA GONÇALVES RAMOS HERAI



ROSALINA GONÇALVES RAMOS HERAI

Rosa viu o Girassol lenta e pacientemente
Olhar para o Sol horas e horas e quando o Sol
Se colocou no centro da linda abóboda azul celeste
A curiosidade da Rosa foi tanta que perguntou
Linda amiga Girassol porque tanto olhas o sol?
Imaginas amiga Rosa o que é depender de algo?
Na verdade eu vivo dos raios do Sol e do alimento da Terra
Adormeço à noite sonhando com o Sol do amanha…
 
Gesto meu te pode parecer estranho
Ou talvez até mesmo de loucura
Na verdade é apenas uma necessidade
Ç-Como te posso explicar Rosa… bem…
A raça humana tem o que chamam de amor
Livremente se torna interdependente
Vivendo em função de um sentimento
E mais te digo, amiga Rosa Perfumada
Sente-se como se em um ser único se tornaram…
 
Rica em conhecimento me mostras Girassol amiga
Agora te digo uma coisa que eu cá sei também
Muito belo é o amor, mas também muito traiçoeiro
O amor começa em par mas termina em separado
Sabes quantas guerras por amor os humanos já tiveram?
 
Histórias de amor já fizeram cair reinos e reis e muito mais
Estou a lembrar-me da Helena e da grande Tróia
Recordo-te também do Africano que pela beleza feminina
A pátria deixou cair e a Roma fez a festa triunfante
Isto dos sentimentos humanos é complicado minha amiga Girassol!

João Pereira Correia Furtado
Praia, 13 de Novembro de 2014
http://joaopcfurtado.blogspot.com