QUANDO O RELÓGIO PARAVA
S Sinto-me nostálgico e a recordação
S Sinto-me nostálgico e a recordação
A
Aparece para tomar conta do meu coração
N
Não sei porque, mas tudo é forte razão
T
Tanto para viajar no passado imaginado…
O
O relógio da torre… Devia ser uma igreja…
A A hora era pontualmente anunciada e animava a
cidade
N No meio… Apenas um toque, um sonoro
e belo
T Toque… Era tal… E meia… Era o ritmo
pachorrento da cidade…
O O silêncio, naquele dia o relógio não
tocou
N Ninguém esperava tal acontecimento
I Infinitamente acostumados desde
sempre
O O relógio do pulso dos afortunados
era mera decoração…
D Duvido que alguém soubesse o que
aconteceu
O O relógio talvez precisasse apenas
da corda…
P Parada, a cidade de Santo António
do Príncipe
R Restava silenciosa e triste e eu,
parado e fixo
I Insistia a ver os ponteiros, o
menor no 2 e o maior no 4
N Não entendia que era a prova do
crime
C Certamente ele estagnou as duas e
vinte
I Indicadas pelos imóveis ponteiros…
P Por algumas horas a cidade parecia
morta
E Enfim… Por fim… O Frank, o maluco e
deu a vida ao relógio…
João Furtado
Praia, 19 de
Novembro de 2012