terça-feira, 5 de outubro de 2010

A COMPANHEIRA DO PARDAL

Meu pardal amigo porque está calada a tua companheira
Ela que sempre me contemplou com belos cantares
Sempre que noticias mil e desgraçadas trazes de outros ares
Que tu e eu de moles corações chorávamos e ela nas brincadeiras...!

Viemos de muito longo amigo e querido João
E ela viu e ouviu coisas que nunca pensou dos humanos
São tão maus, tão insensíveis uns com os outros e tão tiranos
Que até leis para suas fêmeas criam, viemos de Sudão!

Sem dó nem piedade esquecem-se das suas mães
E julgam a todas como prostitutas estranhas
Com sumárias decisões e maldades nas entranhas
Não lembram e nem recordam de origem dos primeiros pães!

Pardal, tu não conheces os humanos e dignos seres pensantes
Eu que de humano, te falo e te digo pardal, a pele tenho vestido
Posso-te relatar do muito pouco conhecimento humano obtido
Matam-se na guerra e na paz deixam morrer filhos fingindo-se ausentes...

Suas mulheres esquecidas que suas progenitoras são
E suas filhas e que criadas com amor e carinho e dedicação
Têm apenas ódio e desprezo e maldade no duro coração
E se julgam superiores uns aos outros exigindo adoração!

Que esperar destes seres que se transformam em feras
Senão a destruição de todo o planeta nosso a terra
Com a sua desmedida ambição construir apenas a guerra
Para defender o futuro... Mas como, se acabam com as primaveras?



João Furtado

O5 de Outubro de 2010

A COMPANHEIRA DO PARDAL

Meu pardal amigo porque está calada a tua companheira
Ela que sempre me contemplou com belos cantares
Sempre que noticias mil e desgraçadas trazes de outros ares
Que tu e eu de moles corações chorávamos e ela nas brincadeiras...!

Viemos de muito longo amigo e querido João
E ela viu e ouviu coisas que nunca pensou dos humanos
São tão maus, tão insensíveis uns com os outros e tão tiranos
Que até leis para suas fêmeas criam, viemos de Sudão!

Sem dó nem piedade esquecem-se das suas mães
E julgam a todas como prostitutas estranhas
Com sumárias decisões e maldades nas entranhas
Não lembram e nem recordam de origem dos primeiros pães!

Pardal, tu não conheces os humanos e dignos seres pensantes
Eu que de humano, te falo e te digo pardal, a pele tenho vestido
Posso-te relatar do muito pouco conhecimento humano obtido
Matam-se na guerra e na paz deixam morrer filhos fingindo-se ausentes...

Suas mulheres esquecidas que suas progenitoras são
E suas filhas e que criadas com amor e carinho e dedicação
Têm apenas ódio e desprezo e maldade no duro coração
E se julgam superiores uns aos outros exigindo adoração!

Que esperar destes seres que se transformam em feras
Senão a destruição de todo o planeta nosso a terra
Com a sua desmedida ambição construir apenas a guerra
Para defender o futuro... Mas como, se acabam com as primaveras?



João Furtado

O5 de Outubro de 2010