domingo, 27 de outubro de 2013

ESCRAVOS DA NOSSA IDENTIDADE


Trabalho sem dignidade é escravatura
E quem de idade devia estar na escola
Para com qualidade aprender a assinatura
Mas por fatalidade anda com a vazia sacola

Por humana desigualdade é um escravo
Pois uma vida de necessidade viverá
E não por vontade própria nem um centavo
De herança e propriedade deixará

São ecos da identidade no dia a dia vividos
Meninos e mulheres na fatalidade sem pão
Donos da guerra na brutalidade de bombas munidos
Sem misericórdia, sem caridade e sem coração

Por crueldade e vão egoísmo a bomba química
É usada e a mortandade é sem dúvida arrepiante
A decisão por comodidade é mais uma vez cínica
Por felicidade escapa-se de uma guerra gigante

Aqui e ali por insanidade a guerra cria muitos deslocados
e pela quantidade tão enorme não se sabe onde refugiar
Milhares pagam pela impiedade para morreram afogados
É a piedade sem fronteira dos nossos dias a justiçar

Se a liberdade ainda me permitir a escrever
Falo da pouca idade da Liz violada e morta
Por seis cheios de maldade e que mereciam morrer
Mais por impunidade da policia saíram pela livre porta!

João Furtado

Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Embaixador de Poetas del Mundo para Cabo Verde