terça-feira, 30 de dezembro de 2014

NATAL

JOÃO PEREIRA CORREIA FURTADO
Praia 
 18 de Novembro de 2014
NATAL

N asceu o Menino esperado
A nsiosamente anos e anos
T odos esperavam fogos de artifícios
A final foi na manjedoura
L igado a pobreza estrema!

N ão tinha berço nem cama
A penas o afagar das ovelhas
T eve um pai na terra e no Céu
A s estrelas pareciam brilhar mais
L embrando aos homens a Verdade

N ão teve roupa e de presente
A mira, o incenso e um pouco de ouro
T ão pouco quanto simbólico
A humanidade que tanto O esperava
L idava com os seus outros problemas!

N ovas e novidades O menino
A os homens de boa vontade
T rouxe em abundância sem medida
A penas uns pastores as receberam
L iricamente tocaram flautas para anunciarem...

N inguém reparou naquele Menino
A pobreza que O envolvia
T alvez estava a cobrir a Nobreza da
A ltíssima missão que o destinava e a
L inhagem Divina do Filho de Deus!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O AMOR NÃO TEM ROSTO...TEM PERIGO !



O amor não tem rosto. Não sei quem inventou esta pequena e tão verdadeira frase. Sou solteiro, tenho pouco mais de vinte anos e nunca tinha viajado antes para além das fronteiras naturais da minha pequena ilha. Na verdade é a maior das dez que formam esta terra.
Nunca tivemos uma vida digna por cá, a chuva escassa e a vida de agricultor de “sequeiro” é a nossa sentença de vida na pobreza constante. Quando a falta de chuva se repetia por dois ou mais anos, a calamidade era maior. Aquele era um daqueles maus ou péssimos anos.
De repente começou a correr um boato. Os americanos estavam a caçar baleias perto das nossas ilhas e com certa regularidade davam uma aproximação à Ilha da Brava. Quando isto acontecia, eles davam alguns conterrâneos nossos o emprego. Quase sempre esqueciam de devolve-los à origem e já era notícia que começava a existir uma comunidade de caçadores de baleias crioulos em Nova Inglaterra.
Vendi tudo que me restava, uma vaca e alguns porcos, morreriam de certeza de fome. A única cabra que tínhamos, deixei com a minha mãe. Embarquei num daqueles veleiros muito em uso na altura e fui para a Ilha da Brava.
Na hora do adeus a minha mãe entre lágrimas e choros próprios da antecipada saudade deu-me um rosário todo ele feito de osso. Não sei de que animal. E um frasco minúsculo quase cheio de um liquido escuro. A curiosidade obrigou-me a abrir, cheirava muito mal, parecia ser uma mistura de alho, enxofre, vinagre e carvão mineral miúdo.
A minha mãe afirmou-me que o rosário e “scontra” era para eu usar no caso de extrema necessidade, pois era remédio contra bruxas, feiticeiras, almas penadas e todos os habitantes de outro mundo. Eu devia andar sempre com eles, ela fez-me jurar que cumpriria. Jurei e parti… Partido como todos os que vão ao encontro do desconhecido…
Tinha a ideia de conseguir um baleeiro em poucos dias. Desembarquei e fui bem acolhido pelos bravenses. Nós somos um povo hospitaleiro. Uma família tomou-me e disse que ficava comigo até que o baleeiro viesse. Era uma quarta-feira. A família tinha um rapaz com ou quase a minha idade. Ele gostava de tocar viola e eu… Modéstia a parte, era um bom tocador, não só de viola, como de gaita e de ferro. Na sexta-feira ele pediu-me para irmos tocar. Saímos e fomos tocar.
Mal chegamos e começamos a tocar, entrou uma lindíssima, bela e jovem rapariga. Rosto oval, tez clara e corpo ondulado próprio das nossas crioulas. Nunca tinha visto nenhuma mulher tão linda como aquela.
Pedi ao Frank, era este o nome do meu amigo, para aguentar sozinho que eu ia dar uma volta. Parece que ele percebeu a minha intenção e tentou-me impedir… Como se era possível tal. Disse-lhe que ia arejar a cabeça.
Fui para a rua, a linda moça saiu pouco depois e aproximou-se de mim… E eu afastei mais um pouco à procura de maior privacidade… O insólito aconteceu. A beleza dela foi-se transformando nunca coisa nunca dantes visto. Os seus dentes caninos cresciam e ela mais parecia filha do Belzebu. Os Olhos largavam chamas e a tez quase branca se contrastava com a capa negra que lhe cobria os ombros. Capa que mais pareciam asas ou seriam asas que pareciam capa negra?
Desesperei, tentei fugir… Mas para onde? No auge do desespero veio-me à memória a minha mãe, então o laço mais perto que tinha. O meu pai faleceu pouco antes do meu nascimento. Na altura a viúva era eterna e por isso sou filho único. Como iria ela resistir a minha morte?
Eureka… Recordei-me do rosário e da “scontra”. Rapidamente meti as mãos no bolso e tirando o rosário passei-o pelo pescoço. Esperando que me proteja. Depois peguei a garrafa, abri-a e atirei o conteúdo sobre a monstra, eis mulher mais linda do mundo.
Não consigo descrever o que aconteceu depois. Foi mirabolante, medonho e impensável. Parecia que de repente me encontrava no inferno e em contrapartida salvo, pois a mulher abriu as asas e num impensável estrondo e barrulho de correntes gritos e lamentos voou para o infinito…
Não foi só o Frank, amigo e vizinho desde que resolvemos comprar as nossas casas aqui na Court Street, New Bedford, Nova Inglaterra, USA. Foram todos os da Ilha da Brava que espantaram por eu me continuar vivo. Melhor transformaram-me num herói… Nunca mais a bela mulher fez-se aparecer… E eu? Tenho 40 filhos, de seis mulheres, todas de Brava…  35 formaram família cá, vão para a Terra uma vez ou outra.
Cinco estão na Ilha da Brava. Comprei uma casa enorme e vivem lá. Eu e os que cá vivem mandamos bidões de comidas não perecíveis e vestuários com certa frequência… Não passam necessidades, até acho que vivem lá melhor que nós cá na emigração!
João
Praia, 12 de Dezembro de 2014


 Ps - Scontra – Mistela de vários ingredientes com poderes contra o sobrenatural maligno!   

João P. C. Furtado
Praia, 12 de Dezembro de 2014
http://joaopcfurtado.blogspot.com

domingo, 28 de dezembro de 2014

2015 SEJA DE PAZ PARA O POVO DO PLANETA TERRA

2015 SEJA DE PAZ PARA O POVO DO PLANETA TERRA
Para todos um belo e Feliz Ano Novo
Com menos sofrimento para o povo
Deste planeta Azul de nome Terra

Que a PAZ ganhe e vença a guerra
Que a harmonia entre os homens o alvo
E que o pensamento seja perfeito e novo

É o ano 2015 que em força aparece

Que traga a alegre PAZ que tanto carece

João P. C. Furtado
Praia 28 de Dezembro de 2015

sábado, 27 de dezembro de 2014

NUNA, A BRUXINHA PINTORA


A Nuna não sabia que era uma bruxinha. Tinha seis anos e estava na segunda classe. Ela apenas sabia que tinha uma madrinha diferente de todas as madrinhas das outras amigas. A madrinha dela ela uma linda e encantadora mulher vestida de roupas brilhantes e tinha sempre com ela uma varinha. A varinha era milagrosa e tudo que ela queria, bastava pedir a varinha que aparecia do nada. A madrinha da Nuna tinha um outros dons entre eles o de voar e de aparecer sempre que a Nuna pensasse nela. A Nuna pensava na madrinha sempre a noite. Quando no silêncio da noite o escuro dava-lhe um pouco de medo.
A madrinha vinha e como brilhava, dava uma luz azulada e linda. A Nuna ficava feliz e ouvia a madrinha que a contava lindas histórias até ela dormir…
Num dia em que a chuva caia lentamente, a Nuna acordou tarde e saiu a correr para a escola. Ela vivia numa cidade e apanhava o autocarro para a escola. O autocarro já tinha ido. Desesperada pôs-se a correr para ver se conseguia chegar à tempo na escola. Foi quando lembro que com pressa deixou a maior parte dos materiais escolares em cima da mesa.
Pensou na madrinha, nada, ficou mais desesperada ainda, a madrinha devia aparecer apenas de noite. No auge de desespero pensou nos materiais da pintura que ficaram em casa e no céu viu em arco-íris, tinha 7 cores e desejou que eles aparecessem na sua bolsa em forma de lápis… Apareceram, abriu a bolsa e encontrou-os todos ai. Ela não era burra…
Estava perto de um contentor de lixo e viu um cabo de vassoura velha. Pegou o cabo e imaginou que era uma Águia Real e de repente a Nuna estava a voar no dorso da Águia. Conseguiu chegar na hora à escola.
Não contou ninguém da aventura. Só que a partir daquele dia ela passou a pintar tão bem e tão especial… Os desenhos ganhassem vida. A professora passou a chamar-lhe “A Bruxinha Pintora”.
Ansiosa esperou pela noite, pela habitual visita da madrinha. Ela veio e alegre lhe disse que era a última vez que ela a visitava, pois soube e com muita alegria que ela descobrira o segredo… Ela era uma Bruxinha Boa. E disse lhe para sempre e sempre usar os seus poderes para o bem. E devia ser muito discreta… Bem na verdade a Nuna nem sempre foi discreta, umas vezes por curiosidade, outras por preguiça ela usou a magia.
Sempre que aconteceu tinha clara noção que a madrinha estava chateada com ela e arrependia e jurava não cair de novo na tentação.


 Praia, 15 de Dezembro de 2015
João Pereira Correia Furtado
http://joaopcfurtado.blogspot.com

A Maldosa e a Boazinha

A Maldosa e a Boazinha

Bruxa má, bruxa boa
Ambos pintoras
Gémeas nasceram
Filhas da fada do bem
E do bruxo das cavernas
Um amor estranho
Duas meninas nasceram
Ambas donas de vassoura
Duas pintoras, estranhas
Tudo que pintam… Acontecem no real
A boa não tem mãos a medir
A má pinta rápido e pinta maldade
A boa tem que pintar rápido
A cura do mal da irmã
Pouco tempo resta
Para na vassoura voar
Queria voar e pintar
Estrelas e luas nos céus
Mas com a irmã a pintar
Talibãs e maldades
Cansada chora e pinta
Ambulâncias e socorristas
Ela saiu a mãe e é Bruxinha Boa
Tem pena da irmã
Que se parece com o pai
Tem bigode e nariz cumprido
E pinta a doença e a maldade
A Bruxinha Má só sabe dar Gargalhada
Em cada maldade que faz
Duas irmãs duas bruxinhas
A Maldosa e a Boazinha!  
 
Praia, 16 de Dezembro de 2014
João Furtado

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

(TI) EVANIR



(TI) EVANIR

E stou radiante // LIVRO A VIAGEM // aqui presente        (1)
V ou ler breve // para aprender serve // Azul que envolve    (2)
A viagem farei // Com autora estarei // experiência trarei     (3)  
N atal presente // Livro é melhor presente// amigo ciente     (4)
I nspirado agradeço // Evanir // amizade ofereço                 (5)
R egalo da vista // fatos reais  // bela escrita                         (6)

João P. C. FURTADO 1,2,3,4,5,6

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A CARTA AO ANO NOVO

DO ANO VELHO PARA O ANO NOVO

Meu filho estou quase no fim da minha vida e tu brevemente vais nascer e reinar durante 365 dias. Espero meu filho, que os teus 365 dias sejam melhores que os meus. Duvido muito que seja, mas faço votos para que não aconteça contigo, o que aconteceu com o meu antecessor. Com o antecessor do meu antecessor, etc… E o que aconteceu comigo.
No meu primeiro dia do ano, foi dedicado a PAZ e tive a infelicidade de assistir guerras e mais guerras. Assisti cessar-fogo e durante o mesmo, muitas mortes. Cada vez mais os homens procuram maneiras de matar.
Este ano resolveram atacar crianças e estudantes para serem conhecidos. Na Nigéria surgiu um grupo “Bokaran” raptaram meninas, foram violadas e obrigadas a se converterem à força para outra religião.
Assisti a violações à Mãe Natureza e senti a fúria dela em chuvas torrenciais, tufões, tremores de terra e vulcões. Secas prolongadas e mortes por fome e desnutrições.
Meu filho não pode deixar de ver terrorismos e extremismos. Embora nunca notasse grandes diferenças entre os humanos, eles passaram o ano todo em guerras para que o mais forte se conseguisse impor a sua supremacia.
O dinheiro gasto nas muitas guerras talvez pudesse minimizar os efeitos da Ébola.
Tive momentos de alegrias também, embora poucas… Houve copa de futebol e os homens se confraternizaram… Gestos de apoio e de louvar, mas, meu filho… O mal foi infelizmente maior.
Dai à 13 dias vou te dar as boas vindas, és o Ano Novo, és o 2015. Espero que tenhas uma entrada de PAZ e que durante os teus 365 dias os extremistas, todos eles: “Talibans”, “Bokaran” e outros, não poucos adormeçam. Espero que os homens se identifiquem neles mesmos e não existam execuções sumárias. Espero que a Natureza seja a complacente com o Planeta Azul.
Muita felicidade e muita saúde te desejo. Ano Novo 2015!

João P. C. Furtado
Praia, 19 de Dezembro de 2014
http://joaopcfurtado.blogspot.com

NO ANO NOVO QUE VEM QUE TRAGA A PAZ





O céu está cheio de estrelas brilhantes
Os meninos cantam músicas sonantes
O Natal esta a porta e vai ter presentes
===*===
Eu quero uma linda e bela estrela
Para dar ao meu amor, é para ela
A mulher dos meus sonhos, a Nela.
===*===
No Natal vou cantar e desejar a Cabaz
===*===
E no Ano Novo que vem que traga a PAZ
João Furtado
Praia, 18 de Dezembro de 2014

TRIVIOLETRA (TI) NATAL





N asceu em Belém // POBRE-NU-DISCRETO // estrela no  além (1)
A pareceram Magos // ricos e reis amigos // surgem perigos  (2)
T em que partir // sem nada sabe sorrir // de Egito há-de-vir    (3)
A presenta alto // vinho no casamento  // belo espanto  (4)
L arga Mãe Antes // entre doutores // boas sementes  (5)

João P. C. Furtado 1 ,2, 3, 4, 5,

(TI) ARAUJO




A ry Andrade não morreu // CÉU PARTIU // saudade deixou (1)
R esta com fé rezar // céu tem lugar // entre anjos sentar (2)
A qui fica a obra // na memória de sobra // que ache sombra(3)
U ns chegam // outros caminham // todos na fé acreditam (4)
J az em paz // na Glória é capaz // de sorrir que satisfaz (5)
O s pêsames envio // não receio // entre santos está no meio (6)
João P. C. Furtado 1,2,3,4,5,6
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/5074499

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

ISABEL E JOÃO



ISABEL E JOÃO

Importante é o dia e é hoje
Sabes o quanto temos vivido
As dificuldades tidas e as alegrias
Belos e perfeitos dias ou quase
E alguns problemas, somos humanos
Logicamente nem tudo foram rosas…

E é a verdade pura meu bem

Já te disse e repito mais uma vez
O meu amor por ti continua
Até tenho a certeza que é maior
O dia passa e ele aumenta com a idade!

João Furtado
Praia, 17 de Dezembro de 2014
http://joaopcfurtado.blogspot.com