sexta-feira, 21 de agosto de 2015

NA PRIMAVERA DE ESPERANÇA

POEMA DE JOÃO FURTADO E MOLDURA DE SAFIRA SALDANHA

A ESPERA DESESPERADA

A ESPERA DESESPERADA

As pedras se despencam uma a uma
E a madeira que é feito o portão
Todo velho e furado parece espuma
Só a saudade permanece no meu coração

Sei que lá longe estas e tens tua razão
Que te obriga a me deixares a tua espera
Lembras-te desta árvore como ela era?
Hoje tão frondosa e velha e do nosso cão?

Talvez nem me conheças quando voltares
Mas te digo apenas que sou eu aqui sentada
Neste portão onde quando ias, eu encostada
Via-te partir e para trás olhavas com olhos tristes!

Já não choro por ti, meu bem muito amado
As minhas lágrimas formaram rio e secaram
As tuas promessas no vento esfumaram...
Só a esperança tem ao meu coração acalentado!


João Pereira Correia Furtado
Praia, 17 de Agosto de 2015
http://joaopcfurtado.blogspot.com