terça-feira, 25 de novembro de 2014

CARTA PARA O ACAS NO BRASIL


ANTONIO CARLOS AFFONSO DOS SANTOS
N uma das nossas ilhas que são dez
T emos em atividade um Vulcão
O Fogo sai das entranhas da terra
N ão posso dizer que é a primeira vez
I magina no nome da Ilha do Fogo
O amigo chega a conclusão por si...


C laro que é useiro estes acontecimentos
A Natureza respira e escolhe a Ilha
R asta com ela a incerteza e a dúvida
L avas correm e buscam o mar
O caminho é feito à sorte
S em ter em conta casas ou plantas


A migo é lindo ver o fogo e a lava
F ogo brotando do ventre da mãe Terra
F azer comparação é impossível
O que te posso dizer é que a beleza
N ão compensa a dor e o dano
S ente-se o cheiro de enxofre
O ar que se respira pode e faz mal meu amigo...


D o teu email li uma oração de um padre
O amigo pode lhe pedir que faça um
S ó e unicamente para Deus nos acudir?


S erei sempre grato se esta benesse
A qui chegasse do Altíssimo e único Senhor
N ele tenho a certeza, a Natureza se curva
T odos nós sabemos a força incontrolável
O bra que só do Alto pode vir a ajuda
S em mais de momento, um abraço meu amigo!


Praia, 25 de Novembro de 2014
João P. C. Furtado

 

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL - SEÇÃO MINAS GERAIS

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL - SEÇÃO MINAS GERAIS

NOTICIAS DAS ILHAS DE CABO VERDE

A minha vontade é agradecer de fundo do coração
C om todo o esmero aos acrósticos da mestre Sílvia Motta
A inda que as lágrimas por cá continuam e são verdadeiramente
D a Mãe Natureza que chora lume e brota do seu ventre
E nxofre e pedras incandescentes que tudo leva pelo caminho
M uito esforço este povo teimoso faz para transformar
I magens lunares em verdes parques naturais e videiras
A s árvores são plantadas e regadas com suor dos rostos....

D evo dizer que as casas humildes de pedra
E sforços são muitas vezes de toda uma vida...

L avas tudo levam e nada deixam para o amanha
E sperada vindima do ano, escola e até sonhos
T oda a dor e com ardor e mágoa são choradas e o amanha
R ecordações esquecidas do ano 1951 voltam tenebrosas
A s casas feitas e habitadas no caminho de então
S ão postas em causa e o dormir descansado perdeu o sentido...

D epressa caminha a destruição e impotente
O homem contempla e cruza os braços e ora ao Altíssimo

B em é vinda a ajuda pois tudo se torna nada ao minuto
R espirasse enxofre e dióxido de carbono e vê-se fumo e clarão
A lguns mais idosos falam que já viram antes o mesmo
S ão transmissões televisivas pois nem todos são da mesma
I lha do Fogo de nome e com razão posta e demonstrada
L á ao lado outra Ilha se apavora, é a Brava e costuma tremer
 -
S im ela treme sempre antes ou durante ou depois
E spero que deste continue tão calma como até então
Ç -Sentindo apenas o cheiro e vendo de longo o fumo e o lume
Ã-A ilha é de Flores conhecida pela rara beleza florida
O bra singular e  impar entre as noves outras ilhas.

M ulheres e velhos e crianças e jovens estão todos apreensivos
I maginamos e com razão o pior e rezamos para o melhor
N ão fechamos o rádio e nossos olhos estão na televisão
A noite se torna cada vez mais longa e comprida
S em ligações aéreas algumas ilhas se tornam casa vez mais ilhas.

G esto nobre da Mestre Sílvia merece agradecimento e obrigado
E não vou passar ao lado e com muita sinceridade minha e muito
R espeito envio o meu agradecimento pelos poemas e pela solidariedade
A gora que termino o meu dever de dizer que grato eu estou
I magino o amanha e espero que seja de alegria e esperança
S empre que passa a tempestade a bonança merecida chega para alegrar-nos!

João Furtado
Praia, 25 de Novembro de 2014
http://joaopcfurtado.blogspot.com