sexta-feira, 31 de julho de 2015

AGUARDA A CHUVA E CANSADO SUA!

AGUARDA A CHUVA E CANSADO SUA!

Ontem caíram algumas pingas
Tão esperada e bendita chuva
O chão quase seco e sem prova
Mas trouxe a esperança de espigas

Hoje o céu coberto e acinzentado
Parece um preguiçoso ensonado
Mas o povo sente alento e acordado
Alegre bota as sementes todo animado

As vacas e as cabras têm rações duplas
Ainda nem uma relva brotou do chão
Apenas a esperança que habita o coração
Faz sentir que amanha será das águas

Assim vive este povo no meio do mar
No olhar o céu e se o sol envergonhado esconder
Nas escuras nuvens sente a esperança devolver
E o sombrio rosto em alegria se transformar

Nem sempre é certo o julgado ser
O vento muitas vezes leva caprichosamente
Toda a nuvem para o mar e este povo valente
Sua esperança esvazia enquanto vê seu gado morrer

Mas o circulo caprichoso da vida continua
E no próximo ano tudo de novo se repete
Cava-se o chão e fia-se a preço de ouro a semente
Trabalha e aguarda a chuva e cansado sua!


João Pereira Correia Furtado
Praia, 31 de Julho de 2015
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sexta-feira, 24 de julho de 2015

POETA NÃO MORRE


P - Poeta nunca e jamais morre
O - Obra sua continua e ele nela
E - Embora deixe de filhos ter
T - Tanto os poemas como as poesias
A - A menopausa chega e leva a sua vida!

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João Pereira Correia Furtado

Praia, 24 de Julho de 2015

Será HAICAI?



O TOURO E AS FLORES

O touro tornou-se vaca
O couro do meu sapato
Pisou jamais flores da Brava!

João Pereira Correia Furtado
Praia, 24 de Julho de 2015

CORSINO FORTES


Contigo  falei  poucas  vezes  e    Como contaste um pouco de ti
O  teu  apego  a bela natureza e  O teu querer natural da vida
Riste e com belo sorriso e ainda  Recordo de tudo como se fosse hoje
Sei que gostas do veste branco   Sem mancha e nem mácula perfeita brancura
Imagino agora o teu sofrimento, Imensa a dor interior e sem recurso a morfina
Nunca  tu usastes medicamento Não estou a inventar, ouvi da tua boca     
Os teus Haicais perfeitos, fui e vi  O meu sentimento foi tal que fugi antes de chorar...

Fazer o quê para ti Poeta? Não  Farei um poema nem uma poesia
O Poeta és tu e não eu, grande  Obreiro Cabo-verdiano das lindas Musas Crioulas
Rezar por ti e pedir  aos céus      Remédio que o teu organismo aceita e bem
Tolera e que hoje a Natureza      Tão tua amiga te nega e te deixa deitado
Eu por cá sinto as lágrimas vejo  E revejo o pouco que contigo falei e sem, amigo,
Sermos apresentados e nem       Sei como a conversa começou, tu culto e eu ignorante!

João Pereira Correia Furtado
Praia, 24 de Julho de 2015


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quarta-feira, 22 de julho de 2015

CHUVA QUE CAI, CHUVA QUE NÃO CAI

 
CHUVA QUE CAI,  CHUVA QUE NÃO CAI

Cai e cai e cai do céu
E tudo com ela leva
Há reza e pedido ao Céu
Para parar e enorme chuva


Enquanto mais ao norte
O sol brilha, brilha e brilha
Há reza e pedido de tal sorte
Que se pinga é tida a maravilha

A mesma chuva, a mesma água
Se cai e de mais faz chorar e gritar
Se falta e tórrida a terra com mágoa
Somos todos obrigado a lamentar

Quem tem é em abundância
E tudo estraga e tudo destrói
Quem não tem, tem tanta carência
Que se viver o amanha é um herói!

João Pereira Correia Furtado
Praia, 22 de Julho de 2015

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segunda-feira, 20 de julho de 2015

CABO VERDE



CABO VERDE

C om anos de independência nos hábitos e C ultura festejas quarenta anos de politica
A hora que teus filhos viram subindo no ar,  A bandeira que para todos é o símbolo da liberdade
B oa hora ela subiu e nela incluíramo-nos,   B oa vontade de livres vivermos economicamente   
O bra muito difícil para dez ilhas desérticas  O Homem sonha e as árvores são plantadas.

V êm as nuvens e anunciam a chuva, será?   V irá e regará ás árvores plantadas ou não?
E is a dúvida que com o povo sempre viva     E acalentada no esforço natural do sacrifício
R esolvemos continuar a plantar e a semear  R egamos muitas vezes com o nosso próprio suor
D eixamos que a sorte fosse possível ser, e,  D o nada espigas se formarem e em pão transformarem 
E sta era a nossa sorte e tivemos que querer E do deserto aos poucos vai surgindo pequenos Oasis.

João Furtado
Praia, 20 de Julho de 2015

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quinta-feira, 2 de julho de 2015

BELMA TENHA CORAGEM ABRA A PORTINHOLA




BELMA TENHA CORAGEM ABRA A PORTINHOLA


Belma tenha coragem abra a portinhola
E ao pássaro dê a merecida liberdade
No espaço e livre canta e diz olá
Emanando para a natureza a felicidade

Se o fizer, diz a Belma, ganho infelicidade
Não posso sem ele a minha vida amola
Maria tenha coragem abra a portinhola
E ao pássaro dê a merecida liberdade

Olha Belma que triste ele esta na gaiola
Do raiar do sol ao toque da trindade
Chora pela liberdade e pede esmola
Belma veja o preço da tua felicidade
Belma tenha coragem abra a portinhola

João P. C. Furtado
Praia, 02 de Julho de 2015

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