O Pobre Gustavo
Hoje estou muito triste e meditativo
E recordo-me de pequeno, era pouco ativo
Na Ilha do Príncipe, sem grande motivo
Para reparar no trabalho escravo
Que trabalhava o pobre Gustavo
Que sempre andava sem um centavo
Humilhado, não sentiu o agravo…
Velho, pobre e há muito avô
Regressou a Terra no cargueiro “Dom Ivo”
E na bagagem… Um ar de falso parvo!
João Furtado
Praia, 14 de Março de 2012