MARIAZINHA VIOLADA
Rasgada,humilhada,o rosto cabisbaixo
Pequena e inocente Mariazinha violada
Quase nua...com roupa esfarrapada
Tenra idade e já analizada de alto a baixo!
Cabisbaixa a Mariazinha continuou a brincar,
Tentando esquecer a dor,com a boneca.
A Mariazinha ganhou também uma caneca
E deu tudo o que tinha...restava apenas chorar!
A Mariazinha guardou a boneca com ela
E ainda hoje,muitos anos passados,
Mariazinha recorda os braços atados,
As pernas abertas e as dores sentidas nela!
E eu,eu me recordo duma menina bendita,
De cinco anos e sem ninguém para a consolar,
Sentada, inocentemente, na praça a chorar
Trazendo nos braços o preço da honra perdida!
João Pereira Correia Furtado
http://joaopcfurtado.blogspot.com
Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle
Universel des Ambassadeurs de la Paix Delegado da U.L.L.A. em Cabo Verde
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
AS BALEIAS MORREM EM CABO VERDE
AS BALEIAS MORREM EM CABO VERDE
Porque estas tu tão triste PardalitoQue nem me brindas com tua linda canção
Sinto que dói o teu sentido coração
Para estares tão calado, tão esquisito…
E eu, meu amigo irracionalmente dito
Sinto-te num silêncio tão sofrido…
Diga-me, meu amigo o que tens tido
Que em mil acontecimentos eu medito
Dizes que as baleias sufocadas
À terra estão a dar aos cinquentas
E que as mortas tristes não aguentas
Será que no mar as águas estão contaminadas?
Queres contar muito mais amigo
Mas não quero ouvir mais nada
Já tenho a vida toda desgraçada
Apenas por falar, meu amigo, contigo!
Não é fácil, te digo eu, Pardal mensageiro
Ser eu teu único e sempre confidente
E ouvir os sofrimentos tidos por ti mormente
Ainda que volúvel como és, todos passageiros!
Meu pardal, ao chorares a morte das baleias
Que em Cabo Verde tristemente se suicidaram
Mais uma vez, meu amigo Pardal, me provaram
Que o homem é único que resume-se as suas ideias!
João Furtado
Praia, 18 de Junho de 2010
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014
A VISITA AO TIO JOÃO
A VISITA AO TIO JOÃO
A única riqueza que lhe restava era a vida. Com setenta e poucos anos parecia ter mais de oitenta. Todo curvo e cheio de reumatismo. Os amigos foram se escasseando, os mais novos ocupados com a vida e os mais velhos iam aos poucos para a verdadeira morada. Os vizinhos iam se trocando e os novos inquilinos vieram vacinados e imunes do conhecido e tradicionais “olá”, “bom dia”, “boa tarde” ou “até amanha, se Deus quiser”. As famílias? Também foram vacinados, estamos no mundo das vacinas e das imunidades.
Ele comprou um apartamento onde morava com a mulher e dois filhos, em Carnaxide, não muito longe de Lisboa. Os filhos com a febre da emigração e a falta de trabalho digno emigraram. Foram para a França.
Certo dia a mulher adoeceu e ele fez tudo para que ela se curasse, mas o câncer foi mais forte. Dois anos depois e com muita dor e sofrimento ela recebeu a visita do Senhor e teve a Paz da Alma. Foi um alívio, para ela que tanto sofria e para ele que não sofria menos vendo sua amada a sofrer.
A partir daquele dia o céu apareceu mais cinzento, o sorriso menos alegre e o andar mais cansado. Recolheu-se a casa e só saia para ir a mercearia. Falava com o dono da mercearia, quem lhe dava algumas vezes fiado e ele pagavam quando recebia a pensão. Depois de algum tempo só o merceeiro sabia que ele era o Tio João. O Tio João era cada vez mais uma sombra ambulante.
Certa noite, depois de passar por mercearia e saldar todas as suas dívidas foi para o seu apartamento descansar. Era o que fazia diariamente. Descansava enquanto a cidade continuava a viver acordada dia e noite. Naquele dia não foi a excepção. Lá fora continuava a vida, carros a passarem, mulheres e homens a falarem dos seus problemas, jovens a namorarem, prostitutas e prostitutos a prostituírem… Enfim o normal do dia-a-dia.
Ele sentiu um leve bater na janela, estava no quinto andar, ninguém bateria a janela de um quinto andar, mas ele ouviu e levantou e foi ver. Perguntou se hesitar:
-Quem é?
-Sou eu, o teu Amigo, a tua Família, sou eu o Jesus Cristo, vim ti buscar.
-Um momento que vou abrir a Janela…
-Não é necessário, só preciso de ti… O teu corpo pode ficar, sai e vem que não temos tempo a perder.
O Tio João deixou de ir a mercearia, depois de duas semanas o merceeiro participou a Policia. Foi enviado um policia que foi e encontrou a porta fechada. Não havia arrombamento, estava tudo normal e nem havia o cheiro fétido da morte… Talvez já tivesse passado ou talvez, como era no mês de Dezembro e com o frio…. O cheiro não chegava a porta. Com tudo normal, tudo deve ficar normal.
Dez anos depois o serviço das Finanças recordou das dívidas do Tio João e leiloou o apartamento para pagar as dívidas do mesmo apartamento e ordenou que a porta fosse arrombada. O novo inquilino tinha que tomar a posse da sua propriedade…
O Tio João dormia eternamente na cama a espera que fosse enviado para sua última morada. Estava tão sem nada que podia ser usado para estudo do esqueleto humano.
Praia, 29 de Outubro de 2014
João Pereira Correia Furtado
A FILHA DO ESTUPRO
A FILHA DO ESTUPRO
Vivia com a minha mãe, nós as
duas e as nossas e os nossos vizinhos, eu tinha 12 anos e ia fazer treze
brevemente. Tinha um corpo um pouco desenvolvido e para a ilha, onde a maioria
cresce lentamente e aos 13 anos muitas das vezes nem sinais de seios… Os meus
treze anos me colocavam num patamar de quase uma mulherzinha. Mas em
contrapartida me sentia uma criança, principalmente por ser filha de
mãe-solteira, se é que exista mãe-solteira. Preferia dizer de pai ausente. As minhas
carências afectivas eram enormes.
A minha mãe esquecida de ter uma
filha de pai ausente já sonhava com um bom marido para mim em vez de sonhar com
uma boa escola e uma boa formação.
Esqueci-me de me apresentar, sou
Laurentina Maria Lara da Silva e actualmente tenho vinte e cinco anos, sou mãe
de um filho de 6 anos de idade. Vivemos os dois, o pai, casado com outra
mulher, quase nunca aparece e eu não faço questões da sua presença, aliás
prefiro a sua ausência. Mas não é do meu adorado filho nem do seu pai que quero
falar. É dum pesadelo que tive quando apenas tinha quase 13 anos de idade.
A minha mãe tinha e talvez ainda
tem uma amiga íntima. A amiga estava em contas com a Justiça e precisou de arranjar
um advogado. Conseguiu um, não recordo, aliás não sei se foi porque o pagou ou
se foi um destes casos frequentes do advogado nomeado pela Justiça. A lei não permite
julgamento sem estes, para mim, monstros da lei. Não sei como e nem porquê o Senhor advogado tornou-se
no amigo das duas amigas Laurentina da Silva, a minha mãe e Maria Lara a sua
amiga, é no meu nome que se comprova quão amigas as duas eram.
Quanto ao advogado, este
apresentou-se sempre com o nome de Senhor Advogado Court Lawyer ou simplesmente senhor Lawyer. Era um homem
muito simpático, não obstante a avançada idade. Estava sempre a me contar
histórias e a brincar comigo. Eu quase o idolatrei até que aconteceu o que
nunca devia ter acontecido.
Um dia a minha mãe
e a amiga dela saíram. A mim a minha mãe me disse que ia com a amiga ao consultório
do Dr. Lawyer. Eu já era crescida e podia ficar sozinha em casa até chegar a
hora de ir para a escola. O almoço estava na panela e era apenas eu me servir e
comer. Era normal, foi assim desde quando eu tinha apenas 6 ou pouco mais. Ela,
a minha mãe era uma espécie de compras e vendas, ela era uma “rabidante”. Saíram, eu fiquei em cassa. Chegou a hora da
escola, peguei na pasta e coloquei as costas, senti alguém a bater na
porta, nem perguntei, pensei que era a Lourdes, minha colega, íamos sempre
juntas. Abri a parta e era ele, nem me
veio a cabeça que a minha mãe e a amiga foram precisamente ao escritório do Dr.
Court Lawyer…
Ele entrou e me acariciou como de
costume e perguntou-me se ia a escola, eu disse que sim e ele se ofereceu para
me dar a boleia. Esqueci-me por momento da Lourdes. Sai e tomei a boleia. Mal
entrei no carro senti-me tal “A Capuchinho Vermelho” perante o Lobo… Ele
acariciou-me de novo e senti que a caricia era diferente, era quase como o
sempre, mas diferente a diferença que se foi acentuada até… Até ele dizer que
ia me dar um passeio. Comecei a sentir-me traída e enganada… Quis sair do
carro, não me importava as consequências da provável queda, mas não consegui.
As portas estavam bloqueadas. Tentei gritar, pedir socorro… Nada a música estava
alta e enchia tudo a volta…. O pior…
O pior foi o sorriso dele a
afirmação que o carro era a prova de bala e do som, este é um “topo-da-da-gama”
em segurança e que lá dentro estamos “seguros” aprendi a diferença entre seguro e seguro…
enfim…. O nojo tomou conta de mim… Paralisada senti-me um trapo, perdi naquele
momento toda a confiança no homem… Pouco recordo da dor, do que aconteceu…
Recordo sim do que senti-me, estuprada, violada, vencida pela maldade…
Recordo-me que entramos numa das poucas florestas que existem nos subúrbios….
Senti-me humilhada, cheia de nojo
e suja… Sobretudo senti vergonha de mim mesma e medo de dizer que aquele homem
tão cordial era um monstro… Quem acreditaria em mim?
Minha mãe ela e só ela podia e
devia acreditar em mim, humilhada, suja e cheia de vergonha fui conta-la, não
sei onde fui buscar toda a coragem e menos ainda sei onde encontrei coragem
para receber e ouvir e assimilar a resposta da minha mãe, afinal estava eu a
pagar a violação que o meu ausente pai actuo sobre ela. Ela me disse que devia
ter a mesma postura, pois ela não foi chorar perante ninguém… Paguei com estupro
o estupro do meu pai à minha mãe… Sou a filha do estupro…
E hoje? Vivo na mesma rua como a
minha mãe e a amiga dela, mas não tenho nem a coragem nem a vontade de ir a
casa dela e falar com ela e a amiga. O advogado conseguiu livrar a amiga da embrulhada,
diga-se de passagem, que nunca me importei de saber o que era, e o Senhor Dr.
Advogado Court Lawyer é o santo das duas amigas!
Nota – Uma moça de 25 anos,
alegre e bela, não a conheço pessoalmente. Ela viu o meu blogue e várias vezes
pediu-me para encontrarmos… Não tive tanta coragem e ontem ela se abriu para
mim no FACEBOOK e eu escrevi o “conto” ou a realidade acima. Os nomes… São da
minha invenção... As lágrimas dela e minha, pois chorei assim que terminei de
escrever este conto ou esta realidade, pois os actos são reais!
Praia, 29 de Outubro de 2014
João Pereira Correia Furtado
terça-feira, 28 de outubro de 2014
O MEU E O TEU POEMA
Bem na verdadeira comparação
Sou eu de poema o Lázaro
Comparado com tanto ouro
Que vi no teu e dou-te razão
Que em teus se vêem traços da musa
Que de mim sempre divorciadas
Nunca por elas senti acariciadas
Apenas sou enfim “um simples coisa”
Só me resta a impune febre
Que me obriga escrever embora pobre
Servem para comparar com a arte nobre
Que cabe a sorte e faz que o predestinado sofre
João Furtado
Praia 28 de Outubro de 2014
Http://Joaopcfurtado.blogspot.com
RESPOSTA PARA Gilberto Nogueira de Oliveira
RESPOSTA PARA Gilberto Nogueira de Oliveira
G ente assim também existiu
I nfelizmente nas roças ouvi dizer
L embrança de infância algo ficou
B em... Com o tempo chegaram
E ergueram bandeiras mais belas
R esplandecente o sol também
T eve razões para sorrir um pouco
O dinheiro este continuo tão pouco, tão pouco...
N ada na barriga ela continuou vazia
O açoite acabou e o trabalho livre
G entilmente só quem queria e podia
Ú nica certeza é que nem com ele
E muito menos sem ele para se viver
I nfelizes eles sonhavam com a Ilha
R espiravam e suspiravam com o regresso
A inda continuam a respirar e a suspirar... É LONGE E ILHA!
O ntem chegaram quatro e para... dizem
L embrança do passado e matar a saudade
I nfelizes não viram nada do que deixaram
V er 1947 em 2014 é obra de magia
E vão regressar... Tudo está diferente
I nfelizmente as raízes deixadas verdes
R essequidas e mortas estão há anos
A s poucos restantes olvidaram a memória!
João P. C. Furtado
Praia, 28 de Outubro de 2014
http://joaopcfurtado.blogspot.com
G ente assim também existiu
I nfelizmente nas roças ouvi dizer
L embrança de infância algo ficou
B em... Com o tempo chegaram
E ergueram bandeiras mais belas
R esplandecente o sol também
T eve razões para sorrir um pouco
O dinheiro este continuo tão pouco, tão pouco...
N ada na barriga ela continuou vazia
O açoite acabou e o trabalho livre
G entilmente só quem queria e podia
Ú nica certeza é que nem com ele
E muito menos sem ele para se viver
I nfelizes eles sonhavam com a Ilha
R espiravam e suspiravam com o regresso
A inda continuam a respirar e a suspirar... É LONGE E ILHA!
O ntem chegaram quatro e para... dizem
L embrança do passado e matar a saudade
I nfelizes não viram nada do que deixaram
V er 1947 em 2014 é obra de magia
E vão regressar... Tudo está diferente
I nfelizmente as raízes deixadas verdes
R essequidas e mortas estão há anos
A s poucos restantes olvidaram a memória!
João P. C. Furtado
Praia, 28 de Outubro de 2014
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segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Roseli Busmair e Arlete Piedade EU DEIXEI DE CHORAR
Roseli Busmair e Arlete Piedade EU DEIXEI DE CHORAR
Deixei de chorar
Já não choro
Pois já chorei de mais
E demais senti as minhas lágrimas
Correrem nas lavras do meu rosto
Que hoje as lágrimas
Já habituadas a escorrerem
Rosto abaixo
A caminho da lagoa
Que aos meus pés formaram
Elas as lágrimas
Sem eu desejar
Nem querer
Já saem e caminham
Rumo a lagoa
Aos meus pés
Sempre e sempre e sempre
Que sinto
Por mil razões
A necessidade de chorar
E resisto
E não choro
Só as minhas lágrimas
Indiferentes
Insensíveis
Inacreditáveis
Escorrem para a lagoa
Que aos meus pés se formam
Sempre e sempre
Que a minha Paz interior
É quebrada
Pelas guerras e injustiças
E pelas Justiças injustas
Pelo mal
Que nunca julguei existir!
As lágrimas saem e correm
Para a lagoa aos meus pés sem eu chorar
Pois há muito que deixei de chorar
João P. C. Furtado
João Pereira Correia Furtado
Praia, 27 de Outubro de 2014
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Deixei de chorar
Já não choro
Pois já chorei de mais
E demais senti as minhas lágrimas
Correrem nas lavras do meu rosto
Que hoje as lágrimas
Já habituadas a escorrerem
Rosto abaixo
A caminho da lagoa
Que aos meus pés formaram
Elas as lágrimas
Sem eu desejar
Nem querer
Já saem e caminham
Rumo a lagoa
Aos meus pés
Sempre e sempre e sempre
Que sinto
Por mil razões
A necessidade de chorar
E resisto
E não choro
Só as minhas lágrimas
Indiferentes
Insensíveis
Inacreditáveis
Escorrem para a lagoa
Que aos meus pés se formam
Sempre e sempre
Que a minha Paz interior
É quebrada
Pelas guerras e injustiças
E pelas Justiças injustas
Pelo mal
Que nunca julguei existir!
As lágrimas saem e correm
Para a lagoa aos meus pés sem eu chorar
Pois há muito que deixei de chorar
João P. C. Furtado
João Pereira Correia Furtado
Praia, 27 de Outubro de 2014
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O SABOR DA PAZ -DUETO DE ANTONIO TAVARES E JOÃO FURTADO
O SABOR DA PAZ -DUETO DE ANTONIO TAVARES E JOÃO FURTADO
A PAZ PERPETUA NA POESIA MADINTER
SINTA O SABOR...
DA PAZ PERPETUA NA POESIA
MADINTER
Partilho-te a minha paz em forma
cosmética
Encontrada na anatomia da veia
poética
Fugindo cogitação absolutamente
patética
Abraçando Justiça, Amor, verdade e
ética
Esta paz alienada em momentos e motivos
Realidade exprimida no mundo dos
cativos
Desejos ardentes das almas puras e
pacifistas
Convicção profunda das consciências
humanistas
SINTA O SABOR...
DA PAZ PERPETUA NA POESIA
MADINTER!
Quero viver a minha paz neste mundo
de poesia
Fazê-la, Canta-la, vivê-la lá em voz
e na harmonia
Esta paz sempre afirmada, desejada e
negada
Nas mentes pujantes da tendência
globalizada
A minha paz afirma-se em consciência
dia-a-dia
Escolhe os seus motivos na pura
essência da razão
Atua por princípio, amor e bondade
no coração
Garante o raio de sol e o solo à
toda a Nação
SINTA O SABOR...
DA PAZ PERPETUA NA POESIA
MADINTER!
Esta minha paz nega toda forma de
dominação
Não encontra espaço, nem motivos
para evasão
Por isso combato, promovo e defendo
a inter-relação
E com toda a garra pugno apelando a
multipolarização
Na poesia da paz
Dos céus caiem o pão da Dignidade
As terras entoam o hino da Liberdade
Os povos respiram o ar da
tranquilidade
No universo, sentimos sol da
solidariedade
SINTA O SABOR...
DA PAZ PERPETUA NA POESIA MADINTER!
Esta minha Paz poética irreverente
É fruto de injustiça sobre os
inocentes
Violências sobre os pobres e
oprimidos
Alienação de Estados Independentes
Com futuro e progressos
comprometidos
Faça parte da minha Paz Poética
Nela o céu brilha e será sempre azul
Alterando-se o sol, o luar e as
estrelas
Jamais a escuridão será iluminada
Com bombas, Canhões, Tanques…
Com granadas e aviões de caça…
SINTA O SABOR...
DA PAZ PERPETUA NA POESIA
MADINTER
Ande sentir o Sabor da Poesia…
Nela encontraras a doçura da paz
Perpétua
MADINTER é hoje o alfa e ómega de
alegria
Mas esteja tranquilo, toda a decisão
é tua!
SINTA O SABOR...
DA PAZ PERPETUA NA POESIA
MADINTER!
ANTONIO
ANDRADE LOPES TAVARES
Bélgica, 25
de Outubro de 2014
A PAZ
A PAZ
A PAZ
A PAZ
A PAZ
A Paz que
tanto falas meu irmão
É aquela que quero ter no coração
Onde o homem tem toda a razão
De viver sem medo nem compaixão
É aquela que quero ter no coração
Onde o homem tem toda a razão
De viver sem medo nem compaixão
A PAZ
A PAZ
A Paz que que queres perpetuar na poesia
Onde o homem vive se ter nele a ganância
E por ganância a mortífera guerra anseia
E sem piedade mata e decapita por razão fria
Onde o homem vive se ter nele a ganância
E por ganância a mortífera guerra anseia
E sem piedade mata e decapita por razão fria
A PAZ
A PAZ
A Paz onde a mulher é sempre respeitada
Onde nunca e jamais será condenada
Por matar para não ser vilmente violada
Muito menos à morte sentenciada
A PAZ
A PAZ
A Paz onde o terrorismo torpe e malvado
Não use o terror e sangrar o solo sagrado
Pois é sagrado todo e o ponto do mundo
É esta a paz sonhada e que eu tenho procurado
A Paz onde o dinheiro vai para a saúde
Onde vivemos cordialmente na cidade
Sem falta e sem nenhuma necessidade
Onde é possível alcançar a felicidade
Não use o terror e sangrar o solo sagrado
Pois é sagrado todo e o ponto do mundo
É esta a paz sonhada e que eu tenho procurado
A PAZ
A PAZ
A Paz onde o dinheiro vai para a saúde
Onde vivemos cordialmente na cidade
Sem falta e sem nenhuma necessidade
Onde é possível alcançar a felicidade
A PAZ
A PAZ
A Paz onde a criança estuda e é capaz
DE alcançar a desejada cultura da PAZ
Onde a escola criança em homem faz
Mas homem capaz de construir a PAZ
DE alcançar a desejada cultura da PAZ
Onde a escola criança em homem faz
Mas homem capaz de construir a PAZ
A PAZ
A PAZ
A Paz na poesia
da MANDITER que queres o sabor
E a mesma que eu desejo e sou dela humilde embaixador
E diariamente rezo e escrever e sonho e com ardor
O mundo merece esta PAZ e por ela escrever a dor
E a mesma que eu desejo e sou dela humilde embaixador
E diariamente rezo e escrever e sonho e com ardor
O mundo merece esta PAZ e por ela escrever a dor
A DOR QUE O MUNDO SENTE PELA SUA AUSÊNCIA
João Pereira Correia Furtado
Praia, 27 de Outubro de 2014
domingo, 26 de outubro de 2014
ERA ASSIM A CARTA
ERA ASSIM A CARTA

Cá a carta começava diferente e tinha o seu ritual
Ao sabor do que era destinado e era o fim
Raros eram os de amor e de namorados
Ter pujança física e destemido no trabalhar
A terra era o caminho mais certo de ser piscado o olho…

Com o decorrer de trabalho o mais forte
Apreciava com determinação os olhares discretos delas
Rondavam e ofereciam agua e davam sinais
Te desejo para formarmos a família
A declaração muda era lida nos olhos

Claro que podia dar em pedidos de casamento
As vezes, maioria das vezes, num juntar dos trapos
Recorria-se aos momentos isolados para acerto
Tento três pequenas pedrinhas como a primeira carta
A rapariga atirava-as ao rapaz e dizia “te quero… te quero… te quero…”

Com o decorrer de trabalho o mais forte
Apreciava com determinação os olhares discretos delas
Rondavam e ofereciam agua e davam sinais
Te desejo para formarmos a família
A declaração muda era lida nos olhos

Claro que podia dar em pedidos de casamento
As vezes, maioria das vezes, num juntar dos trapos
Recorria-se aos momentos isolados para acerto
Tento três pequenas pedrinhas como a primeira carta
A rapariga atirava-as ao rapaz e dizia “te quero… te quero… te quero…”

Com isto podia surgir pedido de casamento ou não
As vezes nem no juntar de trapos dava
Rancoroso algum apaixonado secreto perdido na disputa
Tomava atitude estrema de “roubar” a rapariga
A ação era irreversível, ela seria do “ladrão” eternamente!
As vezes nem no juntar de trapos dava
Rancoroso algum apaixonado secreto perdido na disputa
Tomava atitude estrema de “roubar” a rapariga
A ação era irreversível, ela seria do “ladrão” eternamente!

Cartas existiam e eram raros porque poucos escreviam
A ocupação nas cartas mais sérias e mais necessárias
Restavam pouco tempo para escritas de cartas de amor
Tratando-se de escreverem e lerem para outro alguém
A carta muitas vezes era escrita e lida pelo mesmo escritor

Com o ritual de “pequei nesta pena de ouro e meu bem
A sangrar meu pobre e nobre e doloroso coração
Retirei dele o sangue que transformei em tinta…”
Talvez o escritor das cartas se inspirou na “última ceia”
Ao ser ele muitas vezes o leitor e provavelmente o namorado…

Carta de saudade era mais frequente e chato para o escritor
“Aqui estou eu rodeado de Fulano e Beltrano e Sicrano e
Recorro a esta saudosa pena para enviar cumprimentos
Tamanhos para Fulano e Beltrano e Sicrano nome por nome….”
Até terminar com “…E para aqueles que perguntaram por mim…”

Claro esta que uma carta tem o escritor e o leitor e a mensagem
A infelicidade é que naquele tempo poucos sabiam ler e escrever
Recorrer a inspiração era necessária tanto para um como para outro
Ter sempre na cabeça que no acto da leitura da carta recebida
As pessoas presentes, sejam que forem seus nomes estão no carta…
A ocupação nas cartas mais sérias e mais necessárias
Restavam pouco tempo para escritas de cartas de amor
Tratando-se de escreverem e lerem para outro alguém
A carta muitas vezes era escrita e lida pelo mesmo escritor

Com o ritual de “pequei nesta pena de ouro e meu bem
A sangrar meu pobre e nobre e doloroso coração
Retirei dele o sangue que transformei em tinta…”
Talvez o escritor das cartas se inspirou na “última ceia”
Ao ser ele muitas vezes o leitor e provavelmente o namorado…

Carta de saudade era mais frequente e chato para o escritor
“Aqui estou eu rodeado de Fulano e Beltrano e Sicrano e
Recorro a esta saudosa pena para enviar cumprimentos
Tamanhos para Fulano e Beltrano e Sicrano nome por nome….”
Até terminar com “…E para aqueles que perguntaram por mim…”

Claro esta que uma carta tem o escritor e o leitor e a mensagem
A infelicidade é que naquele tempo poucos sabiam ler e escrever
Recorrer a inspiração era necessária tanto para um como para outro
Ter sempre na cabeça que no acto da leitura da carta recebida
As pessoas presentes, sejam que forem seus nomes estão no carta…

Como não quero ser historiador ou antropólogo ou estudioso
Apenas como poeta que nem sei também se sou… Enfim
Recordo apenas a mais um estilo que é a carta da morte
“Tamanha é a dor e o pesar que me obriga tirar do coração
A tinta sangrada para te informar que o fulano vive no paraíso…
Apenas como poeta que nem sei também se sou… Enfim
Recordo apenas a mais um estilo que é a carta da morte
“Tamanha é a dor e o pesar que me obriga tirar do coração
A tinta sangrada para te informar que o fulano vive no paraíso…

Com tudo isto quero terminar de falar das cartas nesta crónica
As mil vezes vividas na Ilha do Príncipe como escritor e leitor
Respeitável e mais solicitado pelos emigrantes da fome
Tive que fazer mil P.S. sempre que aparecia e eu já no fim
Alguém conhecido “Não esqueça de cumprimentar o fulano…
As mil vezes vividas na Ilha do Príncipe como escritor e leitor
Respeitável e mais solicitado pelos emigrantes da fome
Tive que fazer mil P.S. sempre que aparecia e eu já no fim
Alguém conhecido “Não esqueça de cumprimentar o fulano…

Com isto dispensava uma tristeza desnecessária…
A distância pode criar muitos esquecimentos mais também
Recordações e saudades criam e quando resta apenas a esperança
Tamanha seria minha crueldade tirar daqueles que são
As origens minhas que tanto orgulho me davam…
A distância pode criar muitos esquecimentos mais também
Recordações e saudades criam e quando resta apenas a esperança
Tamanha seria minha crueldade tirar daqueles que são
As origens minhas que tanto orgulho me davam…

João Pereira Correia Furtado
Praia, 26 de Outubro de 2014
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