O BOTE DOS FANTOCHES
De um lado a Europa e de outro a África
E em pleno Mediterrâneo um bote vazio
Tinha 12 pessoas e todas deixaram de existir
A morte as levou e uma grávida estava a parir
No meio do bote só resta um velho búzio
Era milagroso até que... Ao não prever morte nada heroica....
No fundo do bote o velho e milagroso búzio
Na popa restos de tecidos da improvida vela
E na proa um buraco enorme e um naco de broa
No ar o som... Toque da desolação... Da tristeza soa
Na popa restos de tecidos da improvida vela
E na proa um buraco enorme e um naco de broa
No ar o som... Toque da desolação... Da tristeza soa
Esquecida porque o temporal e a água apagaram única vela
E não havia para avisar nenhum foguete ou fogo de artificio...
E não havia para avisar nenhum foguete ou fogo de artificio...
O bote perdeu valor e todas as mil utilidades
E o búzio todo o encanto e todas as magias
Os corpos sem vida serviram de manjar aos peixes
Não tiveram uma linha de noticia eram fantoches
Só carnaval precisa e necessita de falsas alegorias
A memória esquece as inúteis e inglórias fatalidades
E o búzio todo o encanto e todas as magias
Os corpos sem vida serviram de manjar aos peixes
Não tiveram uma linha de noticia eram fantoches
Só carnaval precisa e necessita de falsas alegorias
A memória esquece as inúteis e inglórias fatalidades