Levantas-te asas e partiste
E contigo levaste minha imaginação
Tenho é ânsia de escrever mas...
Revirei o baú de mim mesmo
Apenas vi vazio o meu talento
Sem tu minúsculo símbolo, não sou poeta!
Lavra uma carta e conta um conto
E no conto faz a tua própria crónica
Tive a ousadia de alto pensar
Recusei por momentos de ver a verdade
A tua ausência deixou-se sem palavras
Surdo e mudo e inglório vi-te letra....
Lá longe no céu ao sabor do vento
E informe formada nos objetos mil
Tanto te transformavas num elefante
Risonha borboleta de cinzenta alva
As rosas em ramalhetes para meu amor
Senti em mim que sem ti, letras... Nada escrevo.
Praia, 24
de Fevereiro de 2017
João Furtado
João Furtado
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