Do céu este só sol único
é presente dado
A chuva tão querida perde na memória
O povo está cansado de sentir seu brado
Ser eco oco tanto nesta terra ou na Glória
A chuva tão querida perde na memória
O povo está cansado de sentir seu brado
Ser eco oco tanto nesta terra ou na Glória
Novembro já cansado
seco e sem alegria
Vai como chegou e viu por cá este povo atado
No nó do pó da terra que outro se cansaria
Se fosse ser esta mia gente povo airado
Vai como chegou e viu por cá este povo atado
No nó do pó da terra que outro se cansaria
Se fosse ser esta mia gente povo airado
Já no passado viu
seu filho pobre gado
Por mar de Sul do mesmo mal e da miséria
Ir para nunca mais se voltar com sonhado
Se bem que agora dono da sua rédea séria
Só pensar faz o corpo ser tal morto-nado
Embora tristes... Cá se espera novo dia...
Por mar de Sul do mesmo mal e da miséria
Ir para nunca mais se voltar com sonhado
Se bem que agora dono da sua rédea séria
Só pensar faz o corpo ser tal morto-nado
Embora tristes... Cá se espera novo dia...
Praia, 16 de
novembro de 2017
João Furtado
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