Confesso. Não espera encontrar o
mesmo homem que havia visitado há quase uma semana… Enganei-me é o mesmo.
Pensei muito em não ir, queria continuar na memória aquele homem confiante em
Deus e inabalável que havia conhecido. É ele que vi, ainda muito melhor do da
última visita.
Escrevi uma crônica sobre um meu dia especial e
que terminei falado num fechar com a chave de ouro , desta vez vi um coração de
ouro puro. Calmo, seguro, sereno e equilibrado e mais outros adjetivos
similares. É assim que vi o irmã Maximiano, carinhosamente chamado de “Armonche”.
O
Irmão Maximiano perdeu o seu irmão e está com a mulher internada, não a vi, mas
as informações é que teve trombose e perdeu a fala. Ele continua, é mesmo o Jó
deste tempo moderno, sereno e com cem por cento de fé na vontade de Deus.
Ele
estava sentado no mesmo lugar e na mesma atitude. Entrei e notei movimento de
um grupo na sala ao lado. Um Praesidium da Legião de Maria reunido e no momento
de coleta, fiquei triste por não ter
chagado um pouco antes, mas acompanhei as orações finais e de Servo de Deus
Frank Duff. Não recordo o nome do Praesidium… Ele disse o nome e disse-me que
foi aquele Praesidium que fundou muitos Praesidia na Calabaceira e arredores.
Afirmou
que não conseguia falar cinco minutos sem focar a Bíblia e a Legião. Antes de
pedires alguém para rezar, reza tu primeiro para este alguém. Se falares com alguém
e não te escutar, não desanima, reza por ela de novo e torna a falar com ela.
A
reunião terminou e todos despediram dele e me cumprimentaram e partiram… Chegou
a Celeste, há tempos a conheci num supermercado, ela trabalhava como caixa, não
tinha a mínima ideia que a Celeste era filha do Maximiano. Homem que conheci nas suas cartas mensais para a
Régia, relatando a sua estadia e da sua mulher em Portugal e pedindo para que
rezemos por eles.
- Não vivo sem a Legião, ao
embarcar, pedi a minha credencial e entrei na Legião em Portugal… - Comentou.
Fui dar-lhe pêsames e oferecer a
minha solidariedade e foi ele que pela segunda vez me deu uma lição de fé, fé
que não sei se um dia terei. Disse-lhe que desde primeiro momento que conheci a
Celeste simpatizei-me com ela e ele me disse que tem uns filhos de ouro, que
Graças a Deus não tem que lamentar. Também eu, pensei, os meus filhos são de
ouro, Deus foi bom para mim também.
Voltarei, prometi e se Deus quiser
voltarei. Não conseguia deixar o Maximiano e lembrei-me que podia tirar uma
foto com ele, vi que o espaço é escuro para tal, podia pedir que fossemos para
algum lugar mais iluminado, ia usar um telemóvel sem flash, não, tinha que ser ai, é onde o
conheci e é ali que a foto seria tirada. Pedi à esposa de um dos filhos dele
que servisse de fotografo do dia e obtive a foto.
Na rua encontrei-me com o Djonsa, Irmão
João Moniz, saía da casa do Irmão falecido do Maximiano. Foi conhecer onde é a
casa dele, ele e Irmão Maximiano são vizinhos. Resolvi caminhar até Lem
Ferreira, parei um pouco com o João, meu primo, não sabia que também ele é
Legionário, tinha no carro um boletim de Salve Maria e ao saber que vinha da
casa do irmão Maximiano, mostrou-me a crônica no Boletim e tive que dizê-lo que
foi escrito por mim.
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