sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

MEU PARDAL MORREU

Meu Pardal morreu
Foi queda e morte
De tamanha sorte
Corpo inanimado ficou

Com quem irei falar
De quem escutarei
Que tanto errei
Choro sem me consolar

Sei que o tempo tudo mata
Até a minha dor por ti Pardal
Quando meu papagaio foi para a mata
Lembras qual foi o final?

Olhas que fazes de mim Pardal
Quem me ver a falar com o morto
Que vai pensar deste mortal
Sempre fora do seguro porto?

Vou te dar um digno enterro
E na tua campa escreverei “aqui jaz...”
Não sei se será por desespero
Ou se por te sentir contigo mesmo em PAZ...

Fairhaven, 22 de dezembro de 2017

João Furtado

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