O Sol
brilha em Lisboa diferente
É dezembro
e ele se inclina
E trás um
brilho frio
E na janela
embaciada
Vejo a
minha cara de 60 anos
E sou
obrigado a fazer a retrospectiva
E me vejo
no equador e na linda cidade
De S. Tomé
e não custa a acreditar
No belo dia
passado e que entrava contigo
De braços
dados comigo na Igreja da Sé
Era a
celebração do primeiro de muitos dias
Dias na
nossa vida que se prolongam
O ar era
quente e úmido e ameaçava chover
Hoje é
nosso dia meu e teu
Eu aqui a
ver o Sol que mudo faz sua caminhada
E tu longe
mas juntos estamos
Certo estou
eu disto
O Sol
brilha em Lisboa diferente
É dezembro
e ele inclina-se cheio de saudades
Saudades do
tempo que juntos passamos
E aspiramos
continuar a passar no futuro.
João Furtado
Lisboa, 17
de dezembro de 2017
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