terça-feira, 31 de outubro de 2017

MEU (AN)ALFABETO



A festa da cultura começou muito antes do previsto
Bate-bocas sobre os convidados e os que deviam ser convidados
Com os verdadeiros poetas consagrados e esgrimem as espadas
Doutos reclamando talvez para serem recordados
Exibem pergaminhos que eu analfabeto tremo e com razão

Faço este alfabeto que do meu avô não herdei 

Gente como eu não teve “berço” nem cultura
Humilde mortal prostra perante os Deuses do Olimpo
Ilhéus que as estrelas do firmamento são simples sinais sem luzes
Já que por poetas ilustres e nobres ofuscados
Lamento meu é lógico jamais terá  eco  e bem normal
Mesmo a Minerva e as Ninfas e a Atenas ínfimos e menores
Notam-se agora para que outras estrelas brilharem
Outro destino de sonhar ser-se Orfeu e abraçar o
Morpheus
Perde no Limbo que é o canto da minha pena  
Que fazer senão ver o Hypnos...  E seu irmão
Reclamando a minha presença para a eternidade
Só choro minhas lágrimas por nada deixar
Tudo quanto quis e fiz e tenho de poemas e poesias
Uma loucura foi neste néscio insano e anônimo
Visionário que julgou conhecer alfabeto e dele... serXerife... Mas que apenas se encontra no...

Zénite da demência julgou ser Fênix e das cinzas nas Ilhas surgir
Ka ta da pa skreb mas sen fla nada
Y sin fla ka ta sér verdadi di véra
We can nothing... Like me and I and me...



João Furtado

http://Joaopcfurtado.blogspot.com

Sem comentários: